O último refúgio - Barbara Delinsky

30 janeiro 2020

Resenha por: Tânia Bueno
Título: O último refúgio
Autor(a): Barbara Delinsky
Editora: Best Seller
Gênero: Romance
Páginas: : 224
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Avaliação:

Sinopse do livro que tenho de 2003: Lia Gates caiu ingenuamente na armadilha que sua amiga Vitória lhe preparou: quando deu por si, estava numa isolada cabana nas montanhas, em companhia de um desconhecido. Mas Garrick Rodenhiser estava muito longe de ser um príncipe encantado. Depois de renunciar à carreira de ator e às tentações da vida mundana, ele quer distância de tudo – da civilização, das pessoas, do amor. A convivência entre Garrick e Lia é tensa. Ambos têm cicatrizes do passado, e não suportariam um novo erro, uma nova dor. Ao tentar uni-los à força, Vitória fez uma aposta arriscada. O tempo dirá se ela agiu como anjo da guarda ou como algoz...

Sinopse do livro relançado pela Harlequim em 2011: Garrick Rodenheiser teve de recomeçar a vida do zero quando arruinou sua carreira como ator. Após quatro anos de reclusão em uma cabana na floresta, ele ainda não havia conseguido se livrar do passado, mas encontrara uma nova maneira de viver em paz. Até que em uma noite chuvosa, recebeu a visita inesperada de uma mulher ferida, necessitando de abrigo.
Leah Gates, uma criadora de palavras cruzadas, tinha alguns vocabulários para definir Garrick: rabugento, teimoso e... irresistível. Ela não sabia se fora a proximidade entre os dois, a solidão ou apenas o destino que os unira. Entretanto, tinha certeza de que se apaixonar era a parte fácil. Ter confiança seria um desafio muito diferente...

Sobre a autora: Barbara Delinsky nasceu e cresceu em Boston, onde estudou psicologia e ciência sociais. Trabalhou em hospitais e em órgãos contra a violência doméstica; foi ainda repórter fotográfica de grandes jornais. Publicou seu primeiro romance na década de 80; desde então já escreveu mais de 65 best-sellers. 
Atualmente — após vencer um câncer de mama — concilia o ofício de escritora com uma intensa atividade em organizações de apoio e orientação sobre a doença.


Bem... Bem, diferente de todos os inícios de resenha começo pela biografia de Barbara Delinsky autora que leio desde 2010 e amo a escrita dela, me identifiquei muito com ela: psicóloga, como eu, trabalhou com violência doméstica, eu também. Ouso dizer que ela carrega na veia questões sociais, como eu. É uma incansável guerreira que venceu o câncer e agora trabalha também em organizações de apoio e orientação sobre a doença.

Agora, vamos à resenha de O último refúgio, fruto de releitura, já que o li pela primeira vez em 2012 e ainda não tinha criado o meu adorado cantinho Faces da Leitura. Eu simplesmente amodoro ROMANCES dos mais açucarados aos mais intensos, de todos os tipos new adult, hot e... todos. Não ligo para clichês, tá bom às vezes me canso um pouquinho de alguns, mas é raro. Hahaha. Amo as autoras de romances que escrevem para pessoas grandes, romances reais, amores maduros com pessoas mais maduras, amoooo isso e para mim Barbara Delinsky, Nora Roberts e Danielle Steel são as mestras no assunto, claro que tem outras escritoras, mas ainda não as conheço, e se você que está me lendo lembrar de nomes, falem para mim.

Neste romance curtinho, fácil de ler e que prende a atenção do início ao fim, temos Lia Gates, uma mulher que ganha a vida criando palavras cruzadas e enigmas, mora em Nova York e ama esta cidade, divorciada e marcada por um casamento infeliz em todos os sentidos, não tem muito interesse em homens e seus únicos prazeres são a leitura, idas esporádicas ao teatro e alguns jantares com amigas. Vitória é uma das poucas amigas de Lia, Vitória é bem mais velha que Lia e uma pessoa com a cabeça jovem e inventiva que vive procurando juntar pessoas amorosamente. Assim, ao descobrir que Lia perdeu seu apartamento, lhe oferece uma cabana nas montanhas em New Hampshire e fala para a amiga que caso tenha qualquer problema basta procurar Garrick, um caçador de peles da redondeza. Lia aceita a oferta, afinal faz muito tempo que não tira férias e anseia por um merecido descanso. Ao chegar à cabana, em plena temporada das chuvas e lama, descobre que a cabana que deveria ser seu refígio não existe mais, carro enterrado na lama, cansada, com fome e com a noite chegando não vê outra alternativa a não ser procurar pelo amigo de Vitória. Mas espera aí! Como assim, Vitória a mandou para uma cabana que fora consumida pelo fogo. Bom, esta é Vitória, bem astuta e cheia de graça, o que pretendia Vitória? Será alguma armação? Leia para saber.

Aí temos Garrick Rodenheiser que foi o famoso ator de televisão Greg Reynolds que com a fama se tornou uma pessoa arrogante e embriagada pelo poder. Nos 17 anos de profissão teve uma vida desregrada regada a mulheres, bebidas e drogas. Sua carreira entra declínio por conta da falta de responsabilidade e arrogância, o famoso seriado do qual era protagonista foi cancelado e ele após um grave acidente que o deixou a beira da morte, acredita que forças divinas deram a ele uma segunda chance. Foge de tudo e de todos e neste autoexílio vai para uma cabana nas montanhas. Após quatro anos de reclusão seu passado vem atormentá-lo em uma noite chuvosa quando Lia aparece em sua porta encharcada, ferida e necessitando de abrigo.

"Agora, temia tudo que procurara com tanto afinco. Temia a fama porque era enganadora. Temia multidões agressivas porque traziam o que havia de pior nele, a necessidade de supremacia e domínio, mesmo em nível mais mundano." pag. 69

Após um período de desconfiança, achando que sua identidade havia sido descoberta, Garrick e Lia estão presos na cabana, já que na temporada de chuvas é impossível se locomover para qualquer lugar. Lia a princípio vê no seu salvador um homem rabugento, teimoso e irresistível! Eles desconfiam que caíram em uma armadilha arquitetada por Vitória. Será?

Com o passar do tempo eles vão se adaptando um ao outro, a desconfiança dar lugar a uma tensão e atração enorme e eles vão se descobrir em todos os sentidos. Terão que superar medos e traumas que cada um carrega do passado, ambos fortes em muitos pontos, afinal são sobreviventes. Terão que superar tudo isso caso queiram experimentar o que é felicidade.

Afinal, para avançarmos precisamos entrar em contato com os monstros que muitas vezes carregamos dentro de nós, buscar ser fortes e encontrar um no outro uma base para seguir. Mas será que conseguirão?  Bom, esta é uma questão que você só conseguirá descobrir lendo o livro.

Esta releitura só confirmou que amo romances e amo escritoras como a Barbara Delinsky. Se você gosta de romance com uma trama envolvente aliado a uma escrita igualmente envolvente. Se você está em ressaca literária e precisa de um livro leve para respirar e se refazer para outra leitura mais densa, este é o livro para o momento. Se quiser investir, você encontrará o livro em Sebos e também a edição mais nova de 2011 na Americanas.com, mas com outra capa. As duas capas estão a seguir, eu gosto mais da capa da edição de 2003 que tem total sintonia com a trama e a de 2011 não identifico nada com o livro. Como ando me aventurando novamente em pintar quadros, pretendo me inspirar na capa de 2003.




Beijos cheinhos de amor.
Tânia Bueno

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8 comentários:

  1. Olá...
    Adorei a sua resenha!
    Sempre esbarro com esse livro por aí, mas, ainda não tinha lido nenhuma resenha sobre. Pelos seus comentários parece ser uma leitura agradabilíssima e com certeza me deu vontade de ler também.
    Dica anotada!
    Bjo

    http://coisasdediane.blogspot.com/

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  2. Oi Tânia,
    olha para ser sincero eu também amo romances açucarados e clichês hahaha, mas, ainda que eu gostei eu meio que cansei deles, entenda, eu sou gay e pra mim é meio "chato" ler romance hetero, fora que em sua grande parte os romances heteros trazem personagens brancos o que também faz eu não me sentir representado, mas, eu não deixo de ler, sempre tem um ou outro que acaba me conquistando. Essa sua dica tem cara de ser um daqueles romances que eu adoraria ler!!

    Beijos!
    Eita Já Li

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  3. Oi Tania.

    Eu também não ligo para clichês e sempre estou lendo um, pois são histórias que proporcionam momento leves e gostosos de apreciar. Eu ainda não tinha lido nenhuma opinião sobre esse livro, apenas conhecia a capa. Mas pela sua resenha é um livro envolvente. Estou adicionando na lista de desejados. Parabéns pela resenha e obrigada pela dica.

    Bjos

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  4. Olá, tudo bem? É sempre maravilhoso quando uma releitura nos cativa ainda mais né?! Também sou fã de todo tipo de romance, desde que tenham uma boa escrita e história, por isso ver seus elogios rasgados me deixou super curiosa. E que legal que você tem uma identificação pessoal com a biografia da autora né, isso aproxima mais ainda. Adorei!
    Beijos

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  5. OI!
    Também adoro romances de todos os jeitos kkk. Tem várias autoras que talvez não conheça mas a adoro, Patricia Cabot, Patricia Dias e Judith McNaught, quando tiver uma chance leia os livros delas, tenho certeza que vai amar também. Adorei o enredo e o modo como abordou me deixou curiosa em querer saber mais sobre essa história e seus personagens, obrigado pela dica, parabéns pela resenha. Bjs!

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  6. Que postagem legal, várias sinopses, biografia da autora e sua opinião detalhada.
    Eu não conhecia o título, mas tenho certeza que iria gostar se lesse. Dica anotada viu!!!
    Parabéns pela releitura e que bom que o livro te agradou novamente.

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  7. Oi, Tânia! Não conhecia esse livro, mas sua resenha foi tão apaixonante que já o inclui na minha lista de futuras leituras... Como você também amo romances e esse me encantou! Sem contar que quando só estava lendo sobre a autora, pensei "tenho que ler o livro" e nem sabia ainda sobre o que ele tratava!
    Obrigada pela dica!!

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  8. Oi Tânia,
    Não conhecia a obra, mas me encaixo perfeitamente no seu padrão, as vezes enjoo dos romances, mas nada que ferias no suspense ou fantasia não resolvam. As minhas preferidas são: Kristin Hannah, Jojo Moyers e Colleen Hoover, não sei se já as conhece, mas essas mulheres são minhas musas de romances maduros e reais.

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