DÁLIA AZUL - Trilogia das Flores

27 novembro 2013


DÁLIA AZUL
Nora Roberts
Editora Bertrand Brasil
375 páginas

Dália Azul é o primeiro livro da Trilogia das Flores, o segundo é Rosa Negra e o terceiro é Lírio Vermelho. Nesta trilogia as flores estão relacionadas às três protagonistas e, para variar Nora Roberts se esmerou na produção com uma escrita envolvente e personagens absolutamente fortes e marcantes.

O prólogo data do ano de 1892, época em que os homens tinham um casamento que convinha à sociedade e várias aventuras fora deste. Assim, neste contexto histórico temos uma narração triste marcada por perda e muita dor. Na sequência somos levados ao ano de 2001 e situa um pouco a vida tranquila e afetiva de Stella e Kevin Rothchild que morreu de forma repentina tirando o chão de Stella que agora se vê sozinha, viúva e com dois filhos pequenos.

Após três anos da morte do marido e mais fortalecida Stella, uma mulher pragmática, objetiva e determinada decide recomeçar sua vida deixando o passado para trás, ela juntamente com os dois filhos Gavin agora com oito anos e Luke com seis anos, mais o novo integrante da família o cachorro Parker se mudam de Michigan para o Tennessee no Sul dos Estados Unidos.

Contratada como gerente da empresa de jardinagem e paisagismo No Jardim, Stella será uma pessoa importante com seu senso de organização e de empreendedorismo para proprietária Rosalind Harper – conhecida como Roz. Stella passará a morar com os filhos na centenária Mansão Harper juntamente com o Roz, seu filho Harper um verdadeiro cientista das plantas, quieto e observador; e David um amigo de infância que além de ser considerado um filho adotivo para Roz é o mordomo da casa. David é dono de grande senso de humor e administra a mansão como ninguém, ele terá agora dois amigos adoráveis Gavin e Luke. Tem ainda a Noiva Harper, um fantasma que vagueia pela mansão e que fica furiosa quando as mulheres com filhos pequenos se relacionam afetivamente com homens, ela vai aprontar e assustar. Mas, não tema pelas crianças elas as  adora.

Filho das Sombras

20 novembro 2013


Filho das Sombras
Juliet Marillier
615 páginas 

Sinopse: Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a magia uma força da natureza, esta é a história da jovem Liadan, que tal como a sua mãe, Sorcha, herdou a habilidade de falar com os espíritos da floresta, os quais lhe segredam que ela deve permanecer para sempre em Sevenwaters, se quiser que as Ilhas sagradas sejam retomadas dos bretões.

Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas, que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos.

Os clãs estão mergulhados numa guerra, quando surge um misterioso homem que é temido e reconhecido como um mercenário feroz. E, assim como sua mãe no passado, Liadan acaba por ser capturada e sente-se cada vez mais atraída pelo ser sombrio, apesar de saber da maldição da profecia que os Seres da Floresta lhe preveniram...

Conto: "Só queria dizer que te amo" de Séfora Silva

04 novembro 2013

Séfora Silva é uma querida amiga bloguista do http://palavraspequenas.blogspot.com.br e escritora de contos, tenho o prazer de divulgar mais um conto dela, convido você a mergulhar na leitura e peço que deixe um comentário. Bjs

Aquele tinha sido um dia muito cansativo, a empresa estava a todo vapor, e eu estava só o pó, literalmente. E eu ainda precisava pegar metro na praça da Sé, as seis horas da tarde, aquilo era um tremendo caos. Milhares de pessoas se espremendo e empurrando umas as outras. A única coisa que me encorajava a enfrentar aquele caos, era a certeza de que logo eu chegaria em casa.
          No meio de toda aquela multidão, tinha uma mulher, mas não uma qualquer. Ela era uma linda e graciosa mulher, com feições miúdas, olhos castanhos e grandes, lábios pequenos e rosados, seu cabelo era curto na altura do ombro. Ela era incrível.
          Ela acabou sendo empurrada e quase caiu, quando estava prestes a encostar no chão  eu a segurei.
           A correria estava tão grande que no exato momento em que ela falou obrigada, empurram-na para dentro do metro e as portas se fecharam. Ela se foi e eu fiquei. Fiquei olhando aqueles olhos de gratidão se afastar.
          O trem partiu e tudo o que sobrou foi outra multidão pronta para começar a empurrar.
          Quando eu cheguei em casa estava totalmente triturado, amarrotado, quebrado. Mas para vê-la novamente eu enfrentaria tudo aquilo, quantas vezes fosse preciso.
          Fui dormir pensando nela, acordei pensando nela, fui trabalhar pensando nela, e quer saber a parte ruim?
           Fui embora, mas não voltei a vê-la.
          Entristeci-me com esse fato lamentável. Eu só queria saber como ela se chamava,
Queria conhecer um pouco mais sobre aquela mulher que habitava os meus pensamentos e eu não conhecia.
          No dia seguinte ela também não apareceu, fiquei tranquilo, achei que não tinha conseguido vê-la por causa do trabalho ou por causa daquela chatice e estúpida multidão de gente.
          Uma semana.
          Um mês.
          Três meses.
          Era domingo e eu continuava pensando nela. Decidi sair de casa, para ir ao cata-vento fiz todo o longo trajeto, para chegar lá, quando cheguei estava fechado, Até ai, tudo bem eu me conformei, dei meia volta, e retornei ao metro da Praça da Sé.                                                                   
          Para minha alegria, e graças a Deus aquilo estava vazio. Quando cheguei à plataforma do trem percebi que tinha uma mulher bem na minha frente, com fones de ouvido,
          Meu coração disparou ao ver aquela cena, mesmo a mulher estando de costas eu sabia que era ela.
          Fiquei sem reação.
          O trem chegou e ela entrou, eu entrei logo atrás.
          Não deixaria ela ir embora sem saber o nome dela. Não dessa vez.
          Ela sentou ao lado da janela, deixando um banco vago ao seu lado, e foi ali que eu me sentei.
          Não demorou muito até que ela tirou o fone de ouvido, olhou fixamente dentro dos meus olhos e falou:
          -Olá, obrigado por ter me ajudado naquele dia em que eu caí. Ela falou tão segura e desinibidamente, que demora um pouco para responder.
          -Disponha. E, Olá. –ele respondeu, ela balançou a cabeça em um gesto de quem concorda e fez menção de quem estava prestes a colocar o fone novamente eu voltei a falar – Como se chama?
          - Me fala primeiro você? Ela respondeu prontamente.
          -Lucas
          Lucas – ela repetiu
          Agora você vai me falar o seu?
          Vou pensar no seu caso...

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